ITINERÁRIO A ASSIS – 7
























Desde sábado, os peregrinos da Experiência em Assis, iam chegando aos poucos no ponto de partida da viagem, em São Paulo. No domingo seguimos para Assis. São Paulo Lisboa, Lisboa Roma, Roma Assis. Para muitos, de um grupo de 30 pessoas foi a primeira viagem para o exterior, primeira de avião, primeira longa peregrinação, primeiro contato com Assis. Havia alegria, emoção, expectativa e mais de três anos de preparação.

Quantas economias, sonhos, sacrifícios parcerias, cálculos, leituras, alguns encontros, dúvidas e dívidas, esclarecimentos com a Marktur, e-mails trocados, telefonemas, e a orientação paciente da Cicida, do Luiz e Tereza Naked, confirmações e desistências, o estudo do texto base com o livro: “Pelos caminhos de Assis”. Enfim, chegou a hora, e todos se sentem como que calçando as sandálias do Poverello. Há um friozinho na barriga, mas um assanhamento de vivências nos passos de cada um. É preciso dar este passo; é preciso ir. Agora nossos passos vão fazer estrada e sentir o chão.

Chegaremos a Assis encontrando todos pelo caminho; os que chegam e os que voltam; é como se todos fizessem a investidura do hábito tosco e perceptível e dissessem: “Há algo que serviu em mim”. É como se, em cada pessoa encontrássemos um Elias organizando um enorme grupo de loucos seguidores; aquele que vai colocar ordem no excessivo entusiasmo. É como víssemos Leão, a ovelhinha de Deus, com sua presença fiel, simples e confidente. Veremos um Ângelo Tancredi, cavaleiro cortês e cheio de virtudes; Clara em silêncio e prece; Junípero atrapalhado, espontâneo, humorado e santo; todos pobres e desapegados, poetas e místicos, fraternos, corajosos e irmanados.

Encontraremos lá frades do mundo inteiro, irmãs do mundo inteiro, iremos às Clarissas e aos assisienses... e em todos eles veremos passar um legado de Paz e Bem!

Em nosso primeiro caminhar em Assis começaremos pela Rocca Maggiore. A fortaleza da cidade, lugar de defesa antes os ataques, vigilância, símbolo do poder. A Rocca Maggiore tem a imponência dos palácios, a ostentação da avareza e lembranças da tirania e conflitos sociais. Está na parte mais alta da cidade e dela podemos avistar Assis, suas casas e templos. Na Rocca, a sensação das batalhas de inúmeras e longas guerras; nos templos a fé bem guardada de um povo e seu Santo, que não queria a Rocca, mas as Ruínas de São Damião.

A paisagem de Assis é a glorificação do humilde. Ele eternizou-se não acumulando tesouros da terra, mas sim reconstruindo a casa interior e exterior, o bem maior. Do alto desceremos explorando suas ruas que testemunham a verdade dos fatos acontecidos há oito séculos.   Acompanhe a nossa viagem

Comentários

Anônimo disse…
Frei Vitório,

o senhor sabe, eu gostaria de estar na peregrinação, mas lendo os relatos é possível encontrar um pouco do despojamento e da PAZ que reinam em Assis, legado absoluto e indissociável do querido santo. Lindo sonho que eu queria tornar real, já tão tardiamente na vida. Deixo um pedido no meu amor pela mãe Clara: que o senhor faça breve oração por mim quando estiver no oratório dela em São Damião. No mais desejo tudo de bom para o grupo, para todos, que seja uma vivência única e inesquecível de beleza, simplicidade, paz e bem.

Denise.
inconformada disse…
Queridos amigos e irmãos paz e bem!
Que tenham chegado muito bem a esse destino maravilhoso. Com as colocações tão vividas de Frei Vitório me sinto aí com vocês...|um grande abraço a todos
Maone