A espiritualidade do Oriente e do Ocidente - 2

Tornar-se Um em Si mesmo

A mística do cristianismo oriental

“(...) descrevem uma Mística da Unidade, o que muitas vezes fazem numa linguagem erótica, porém, antes de tudo, plenamente filosófica, pela qual, segundo eles, o homem realiza a experiência de  união. Nesta união, deus é vivenciado não como um ser diante de nós, mas como o fundamento de todo ser, ou seja, vivencio a unidade na origem e não pergunto a quem estou unido. É simplesmente uma experiência que me eleva acima da dualidade, que me torna UM comigo mesmo. E, ao refletir sobre isto, constato que sou UM com Deus, a origem de tudo. UM com todos os homens e com o meu próprio ser. O caminho para a unidade não é psicológico, e sim espiritual. Ele conduz à deificação do homem: quando Deus, com sua natureza, infiltra-se no homem, unifica tudo que o homem costuma vivenciar de modo dividido e internamente conflituoso.(...) Irineu, Bispo de Lion ( 135-202) entendia a humanização de Deus como sendo a própria deificação do humano. É dela a frase: “A glória de Deus é o humano vivente, e a vida do humano é a visão de Deus”. O homem chega a si mesmo quando se une à imagem de Deus; assim a glória de Deus se reflete no homem que vivifica” (cfr. pág 39 a 50).

Tornar-se UM no TU divino

A Mística do cristianismo ocidental

“Todo humano deseja intensamente amar e ser amado. No amor experimentamos o encantamento e a plenitude, mas também a decepção e a mágoa. Ansiamos, então por um amor maior que o amor humano, que ultrapasse e, ao mesmo tempo, inclua as nossas experiências da plenitude e da decepção. É, enfim, o anseio por um êxtase do amor em Deus. Esse místico amor divino não é uma oposição ao amor humano, e sim algo que o permeia e purifica” (cfr. pág 51 a 102 ).

Continua

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