o Círio de Nazaré

No segundo domingo de outubro, em Belém do Pará, o Círio faz da cidade uma pororoca humana. Todos os anos, desde 1793, em Belém, Santarém e Marabá, um fenômeno religioso e social acende a grande tocha da fé. A Virgem serena com seu Menino com traços amazônicos, a berlinda, um andor sobre rodas puxado por fiéis, a chuva de papel picado, foguetório, bandeiras, bandas, carros de anjos, de promessas, de milagres, barcos e velas e remos, a corda, o clero, a comunidade, as bandas, o povo, a massa de fiéis tocando este cordão umbilical que une céu e terra, humano e divino, sagrado e profano. O almoço, o pato ao tucupi, a confraternização dos parentes, este pacto das almas com sua Mãe e seu Deus vencendo as angústias terrenas no meio da festença.


Texto publicado na "Folhinha do Sagrado Coração de Jesus"

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