VIRTUDES A PARTIR
DA ESPIRITUALIDADE FRANCISCANA - VII

Mudar conceitos para mudar a nossa maneira de ver as coisas

BRANDURA: Maleabilidade, mansidão, suavidade, doçura, flexibilidade, maciez, afabilidade. A vida se aninha mais no brando, no flexível. É evitar a rigidez. No relaxamento, na serenidade, do distensionamento, na soltura é que habita a saúde. O muito rígido, o indevassável, tem a patologia, tem a tensão e contensão, tem uma vida cheia de nãos. Quando você levanta com brandura acorda para a vida com muita disposição; todas as coisas estão mais claras, estão mais leves. É preciso estar dentro deste sentimento de leveza, a leveza é o tom do ser.

PACIÊNCIA: É encontrar o ritmo próprio do respeito. Estar no domínio da própria ansiedade. Descobrir uma sabedoria implícita na hora, no instante. Ser tolerante. É a capacidade de suportar conflitos sem sair dos lugares dos desafios. Não é submissão, mas a coragem de dialogar com situações adversas.

BENIGNIDADE: Vem do latim medieval bene + ígneo: estar bem no fogo. A bebignidade significa estar no fogo das experiências. Incendiar, acender, iluminar. É viver entusiasmado.

LONGANIMIDADE (ou magnanimidade): Grandeza de alma. “Tudo vale a pena se a alma não é pequena” ( Fernando Pessoa). A alma é a força que comanda as emoções do corpo. FÉ: É o princípio esperança, o devir, o já é do ainda não, é a dinâmica de acreditar: no Divino, na Vida e nas pessoas. A fé é ter uma saudade infinita de Deus, uma aproximação rara com o Divino.

MODÉSTIA: É a ausência de qualquer tipo de vaidade, de narcisismo, de exaltação da pessoalidade ou culta da personalidade. É desambição, despretensão, é uma simplicidade pura.

Continua amanhã

Comentários