A Compreensão Franciscana do Homem – 5ª parte


Os filósofos humanistas na metade do século XV cunharam o termo latino: “Médio Evo”, composto do adjetivo “medius” que significa: meio, isto é, aquilo que está no meio; e do substantivo “eavum”, que quer dizer: longo espaço de tempo, idade, época. Do ponto de vista literário indica, portanto, uma época de meio. Esta “Idade do Meio” indica o período entre a antiguidade e o seu tempo, uma não-antiguidade em meio a duas épocas, com uma característica exclusiva: uma particular visão de mundo ancorada no transcendente, capaz de impregnar em profundidade cada extrato social (4).
A historiografia também situa a “media aetas” entre o período que vai da morte do Imperador Constantino (306-337) até o saque de Constantinopla pelos turcos (1453); ou da época do feudalismo até a Revolução Francesa (1789). Hoje, aceita-se mais seguramente o espaço histórico da Queda do Império do Ocidente (476) até a descoberta da América (1492), isto se pensarmos numa delimitação cronológica. (5)Porém, nós queremos entender aqui a Idade do Meio como uma idade nuclear, isto é, um período onde a humanidade viveu um MEIO, um ESSENCIAL, uma RAIZ, uma IDENTIDADE. E foi justamente Francisco quem melhor captou este núcleo da humanidade.

(4) H. Fuhrmann, Guida al Medioevo, Bari, Laterza, 1989, 2-3
(5) C. Ciranna, Riassunto di Storia Medievale, Roma, Ed. Ciranna, 1984, 3.

Amanhã, a sexta-parte deste artigo

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