A Compreensão Franciscana do Homem - 3ª parte


1. Francisco e seu substrato medieval
A humanidade só pode crescer na unidade das diferenças; por isso a sua história está repleta de diversidades que dão um colorido próprio a cada geração, com sua originalidade, com sua invenção, com seus riscos.
Compreender o passado é iluminar o presente e motivar o futuro. Nisto tudo existe uma descontinuidade, “a meditação do passado não é um vão esteticismo. Analisar as interrogações e as respostas, buscar a novidade do próprio tempo não é estéril nem inútil. Não se trata de imitar o passado, mas traduzi-lo; o que supõe um certo tipo de relação entre o agora, antes e depois”(1)
Uma pessoa deve ser sempre compreendida dentro de seu contexto histórico. Tantas vezes afirmamos que Francisco é expressão cristalina do mundo medieval. O que está por detrás desta afirmação? O impulso que as pesquisas de Paul Sabatier deram ao estudo do franciscanismo? A sua convicção de que “Francisco foi, por excelência, o Santo da Idade Média”(2) Como situar Francisco dentro desta época? Como compreender o medieval?

(1) H.J. Stiker, Um créateur en son temps: François d'Assise, CHR 80 (1973) 416-430
(2) P. Sabatier, Vita di San Francesco d'Assisi, Milão, Mondadori, 1978, 34.

Na segunda-feira, a quarta parte deste artigo

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